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Orientações Gerais

1 – Informações Gerais:

 

Estas informações foram cuidadosamente preparadas para que você, nosso(a) paciente, esteja bem esclarecido(a) em relação aos procedimentos mais realizados pelos cirurgiões plásticos. Gostaríamos de frisar a importância tanto das cirurgias estéticas como das reparadoras. No entanto, os procedimentos das últimas, por serem muito particulares e dependerem especificamente de cada deformidade (congênita ou adquirida) são extremamente diversos, não nos permitindo esclarecer com detalhes técnicos neste manual. Se este for o seu caso, suas particularidades serão bem esclarecidas durante a consulta médica. É muito importante para você mesmo(a) a leitura atenta destas informações, sendo que suas dúvidas poderão ser esclarecidas a qualquer momento durante nossa convivência. O cirurgião escolhido por você é a melhor pessoa para esclarecer estas dúvidas. Ele foi eleito como seu médico de confiança e está pronto a ajudá-lo (a).
Além de ter caráter informativo, este manual apresenta as principais medidas a serem tomadas pelos pacientes no período pré e pós- operatório. É, entretanto, um informativo geral. As cirurgias específicas sao detalhadas em informativos próprios a cada uma delas.

 

Importante:
As suas informações na ficha de identificação e dados, que é preenchida no consultório, devem ser as mais precisas visando prevenir insucessos. Fatores como infecção atual ou recente, anemia, debilidade orgânica ou doenças sistêmicas, uso de medicamentos, tabagismo, alergias (medicamentosas, alimentares ou outras), uso freqüente de álcool e/ou drogas etc devem ser levados ao conhecimento do seu médico da maneira mais clara e aberta possível, pois podem influenciar diretamente nos resultados previstos.

2 – Nossa Relação

O nosso relacionamento objetiva o bom resultado da cirurgia. Somos uma equipe da mesma tarefa e assim, nossa relação deve basear-se em honestidade, sinceridade, amizade e confiança. Juntamente com você, nosso(a) paciente, estamos esperando os melhores resultados possíveis para seu caso.

3 – Previsibilidade de Resultados

 

A Cirurgia Plástica tem por finalidade proporcionar efeitos mais harmônicos em determinadas regiões ou mesmo equilibrar o conjunto da nossa aparência que pode estar marcado pelo tempo ou por desconformidade com os padrões de beleza. Portanto, a finalidade é fazê-lo(a) parecer tão bem quanto possível, dentro de suas características individuais.

 

Por combinar arte e ciência, a cirurgia plástica está sujeita a variações inerentes ao mecanismo fisiológico, que é específico e pessoal. Também, a particularidade do caso, deverá ser avaliada e ponderada, confrontando o desejo do paciente com suas limitações físicas.

 

A cirurgia estética busca melhores resultados, porém, é importante entender quanto melhores estes resultados poderão ser, para evitar uma expectativa além dos limites permitidos a cada caso. Já a cirurgia reparadora visa a recuperação funcional e/ou anatômica de uma ou mais regiões específicas do corpo, restabelecendo total ou parcialmente a capacidade física e a integridade psíquica. Os dois tipos de cirurgias plásticas, como todo procedimento cirúrgico, não estão livres de riscos e seus resultados podem ser limitados, conforme a extensão e a complexidade dos problemas existentes.

 

Alguns fatores na evolução de uma cirurgia independem da atuação e capacidade do cirurgião. Assim, não sendo uma ciência exata, não é possível garantir resultados pré-determinados. Idade, peso, espessura e textura da pele, influências hereditárias e hormonais, o momento psicológico vivido pelo(a) paciente, dentre outros irão influenciar nos resultados, sobre os quais, o cirurgião não tem a menor ingerência.

 

Lembrando também que todo ser humano possui um lado do corpo diferente do outro, e isso também influencia o resultado final da cirurgia, devido a essa assimetria.

4 – Riscos e Intercorrências:

 

Muitos questionam sobre os riscos da cirurgia. Toda cirurgia tem riscos, mas estes são geralmente previsíveis e na maioria das vezes, controláveis. As intercorrências vão desde cicatrizes inestéticas, edema (inchaço), equimoses (manchas roxas na pele), seromas (acúmulo de líquidos), hematomas, alterações transitórias ou definitivas de sensibilidade, alergias, trombose, embolia e até risco de vida.

 

A cirurgia estética, como procedimento eletivo, é uma conduta cirúrgica planejada, podendo aguardar a oportunidade ideal para ser realizada, razão pela qual os riscos sistêmicos a ela inerentes são menores.
“O paciente precisa entender que a plástica é um ramo nobre da cirurgia geral e, como tal, é procedimento de risco. Uma transformação radical só Deus poderia fazer.” (Ivo Pitanguy)
“A plástica, ramo da cirurgia geral, está sujeita ao imponderável da medicina.” (Cláudio Cardoso de Castro)

 

Evidentemente, uma técnica apurada e medidas obrigatórias de segurança contornam várias destas situações. Mesmo assim, problemas no trans e pós-operatório podem ocorrer. É importante compreender que o médico jamais tem a intenção de cometer um ato de imprudência, negligência ou imperícia. Problemas podem ocorrer, embora com baixa frequência.
Na ocorrência de algum problema, sofrem tanto o(a) paciente como o cirurgião e, nessa situação, tudo será feito para que não haja consequências irreparáveis.

5 – Documentação Fotográfica:

 

A documentação de imagens é fundamental e indispensável, pois é através dela que estudamos com detalhes a área a ser operada, definindo um planejamento cirúrgico prévio. Além disso, podemos comparar o pré e o pós-operatório. Estas imagens se destinam ao arquivo fotográfico do serviço.

6 – Cuidados Pré-Operatórios:

 

Seguir as recomendações do seu médico é uma das chaves para o sucesso da sua cirurgia. É importante que as incisões cirúrgicas não sejam submetidas à força excessiva, calor ou movimento excessivo durante a sua recuperação O seu médico lhe dará instruções específicas sobre como cuidar de si mesmo.

O uso de cigarros, por reduzir a circulação sanguínea, especialmente nas extremidades, pode comprometer a cicatrização, provocando mesmo áreas de necrose (morte) dos tecidos. Portanto, aos fumantes , é recomendado suspender o hábito de fumar quatro semanas antes e até quatro semanas depois da cirurgia.

Também o uso de certos medicamentos (AAS, Buferim, Bufedil, Vitamina E, Gingko Biloba, dentre outros) deve ser interrompido duas semanas antes da cirurgia, pois alteram a coagulação sanguínea, propiciando sangramento. O consumo crônico de corticóides pode prejudicar a cicatrização, também devendo ser interrompido 15 dias antes da operação, sob orientação médica.

Se você sentir falta de ar, dores no peito ou alteração dos batimentos cardíacos, entre em contato com seu médico e procure atendimento médico imediatamente. Caso qualquer destas complicações ocorrerem, você pode necessitar de hospitalização e tratamento adicional.

7 – Simetrias e Assimetrias:

 

Importante também é salientar as assimetrias do corpo humano, que algumas vezes não são observadas pelos(as) pacientes, e nem sempre são passíveis de correção. Muitas vezes elas já existiam antes da cirurgia e continuarão a existir. Uma metade não é igual à outra. Algumas vezes os(as) pacientes somente passam a notá-las após uma observação detalhada no pós-operatório.

8 – As Cicatrizes:

 

Outro fato às vezes incompreendido é a idéia de que a cirurgia plástica não deixa cicatrizes. A verdade é que toda cirurgia deixa cicatrizes que poderão ser mais ou menos visíveis. De acordo com o caso, elas podem ser escondidas em linhas naturais da pele, dentro do cabelo, possibilitando o disfarce através das vestes, além de serem realizadas com técnicas minuciosas para minorar sua aparência. Obviamente, o resultado final de uma cicatriz dependerá de vários fatores, como por exemplo, dos cuidados locais empregados no período pós-operatório, da capacidade intrínseca de cicatrização do(a) paciente, das condições patológicas associadas (diabete, infecções, anemias, alergias, carência de certas vitaminas/proteínas etc), hábitos sociais (tabagismo, etilismo, sedentarismo, exposição solar precoce e prolongada, etc), predisposição genética (quelóides, cicatrizes hipertróficas), alergia a fios cirúrgicos, uso de determinados medicamentos (AAS, corticóides etc), fatores locais (tensão exagerada e espessura da pele etc), dentre outros.

 

Lembre-se que:
a) A evolução desfavorável de uma cicatriz pode ocorrer independente da melhor técnica utilizada;
b) Não culpe o cirurgião por ela, já que este mecanismo é intrínseco e diz respeito à carga genética;
c) Toda cirurgia plástica é passível de retoques. Aguarde a indicação do melhor período e oportunidade para isso, ou até para uma nova intervenção (se necessária).
Assim, toda cicatriz apresenta um tempo de evolução que somente no seu final apresentará um resultado definitivo. Para sua tranquilidade e acompanhamento, saiba que há quatro períodos distintos de maturação de uma cicatriz, que podem variar de acordo com o tipo e espessura da pele (e que é diferente de pessoa para pessoa).

 

Período imediato: vai até o 30º dia após a cirurgia .A cicatriz é fina e pouco visível;

 

Período mediato: vai do 30º dia até o 12º mês. A cicatriz se apresenta transitoriamente espessada, bem como se inicia a mudança de cor, passando do mais escuro (vermelho/marrom) ao mais claro. É o período mais preocupante para o(a) paciente. Como não podemos apressar o processo natural da cicatrização, recomendamos aos(às) pacientes que não se preocupem, pois o período tardio se encarregará de diminuir os vestígios cicatriciais.

 

Período tardio: após o 12º mês. É a fase de resolução final do processo. A cicatriz começa a se tornar mais clara e macia, diminuindo as retrações e irregularidades.

 

Qualquer avaliação de resultado da cirurgia, no tocante à cicatriz, deverá ser feita após este período. Também é importante frisar que estes resultados são variáveis de pessoa para pessoa, conforme vários aspectos já mencionados.

 

Menos frequentemente, pode ocorrer o inverso e as cicatrizes sofrerem um alargamento, ou tornarem-se grossas, altas e duras, formando quelóides ou cicatrizes hipertróficas. Estes estão relacionados à qualidade da pele e à genética e não ao modo como foi realizada a cirurgia. Se ocorrerem, seu médico lhe dará toda a orientação e tratamento adequado, indicando, quando pertinente, uma cirurgia oportuna para o retoque.

 

Período maduro: após os 18 meses. É o resultado definitivo.

 

9 – Avaliação dos Resultados:

 

Não fique ansioso para ver os resultados da cirurgia logo nos primeiros dias. O nosso corpo precisa se adaptar às novas condições. Após o trauma cirúrgico ocorrem fenômenos normais de evolução como edema (inchaço) e acomodação dos tecidos.

 

Alguns aspectos estéticos, para serem resolvidos, exigirão mais de uma cirurgia . Retoques necessários para melhoria da qualidade devem ser levados em consideração. Intercorrências de qualquer natureza se houver, deverão ser resolvidas, ainda que sua solução implique em nova cirurgia.

 

Os retoques posteriores à operação devem obedecer a um critério de tempo de espera, até que os tecidos possam ser manipulados novamente. Neste caso é importante não ser impaciente. Uma cirurgia num momento inoportuno em geral não oferece resultado compensador.


10 – Os Custos da Cirurgia:

 

Oferecer serviços de alta qualidade com o menor custo possível é nossa meta. A perda da relação custo/ benefício pode prejudicar a eficiência dos resultados pois não aceitamos abrir mão de materiais, equipamentos e instalações adequados para priorizar custos inferiores. Os custos podem ser menores assim como a qualidade. Assim, a sua segurança e tranquilidade valem muito mais e devem ser uma prioridade.

 

Em relação às despesas hospitalares extras como taxas, diárias adicionais, medicamentos de uso esporádico e em situações imprevistas, exames laboratoriais feitos no hospital ou em outras instituições, transfusões sanguíneas, transferências para outros hospitais, etc; estas serão tratadas no departamento competente da instituição. Não sendo situações previstas e esperadas nestes procedimentos, estas despesas serão de responsabilidade do(a) paciente ou responsável.

 

Deve também ficar registrado e esclarecido que os retoques operatórios, se necessários, não serão cobrados pelo cirurgião, quando realizados de acordo com a avaliação criteriosa e na observância dos fatores técnicos e em tempo adequados. Caberá ao(à) paciente, no entanto, arcar com as despesas hospitalares e do anestesista. Isto é tradicionalmente aceito dentro e fora do Brasil e deve ser compreendido por todos.

 

Esclarecemos também, que complicações que ocorram imediatamente após a cirurgia ou no período de internação tais como: hematomas, sangramentos, deiscência, etc, serão devidamente corrigidas cirurgicamente sem pagamentos à equipe cirúrgica, porém com pagamento extra ao hospital e anestesista.

 

ESCLAREÇA TODAS AS SUAS DÚVIDAS COM SEU MÉDICO. É NATURAL VOCÊ SENTIR-SE UM POUCO ANSIOSO(A), SE É POR PODER IMAGINAR O SEU NOVO VISUAL OU UM POUCO DE ESTRESSE PRÉ-OPERATÓRIO. NÃO TENHA VERGONHA DE DISCUTIR ESTES SENTIMENTOS COM O SEU CIRURGIÃO PLÁSTICO. VOCÊ O ESCOLHEU PORQUE DEPOSITA CONFIANÇA EM SEU TRABALHO. MANTENHA COM ELE UM RELACIONAMENTO CORDIAL E FAÇA DE SUAS VISITAS PERIÓDICAS UM MOTIVO DE SATISFAÇÃO PARA AMBOS.

 

IMPORTANTE:
Resultados definitivos somente devem ser considerados após 12 meses da cirurgia. As cirurgias de retoques, quando necessárias, serão aconselhadas pelo cirurgião, devendo-se respeitar o tempo necessário para a adequação dos tecidos e acomodação das cicatrizes. Quando realizadas em momento inoportuno, podem não alcançar os resultados desejados. Os retoques não significam incapacidade técnica mas sim uma revisão cirúrgica para se alcançar resultados ainda melhores. Os custos destes possíveis retoques serão cobrados somente em relação às despesas hospitalares e de anestesista. Não serão cobrados honorários da equipe cirúrgica desde que estes retoques sejam realizados no período sugerido pelo cirurgião.

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